UnREAL: Os Reality Shows à Lupa
TVCine Emotion
A segunda temporada de «UnREAL» estreou no TVCine Emotion esta noite, pelas 22h10. Texto originalmente publicado aqui.
Ainda que longe do impacto de audiências de outros tempos, os reality shows mantêm-se bastante presentes no quotidiano das grelhas televisivas. Entre fórmulas bem conhecidas e tentativas de inovação, a verdade é que o tópico permanece atual e até quem não acompanha se vê submerso de notícias relacionadas com estes programas a cada acontecimento mais polémico. Um bom exemplo disto mesmo é a expulsão ocorrida ontem no BB2020.
Uma alegoria do que podem ser os bastidores dos reality shows e programas de variedades, «UnREAL» denuncia um sem fim de possibilidades que coloca em causa a autenticidade deste tipo de conteúdos. Por um lado, a facilidade de manipulação a que os concorrentes estão expostos, além da ténue barreira que separa o mundo real e o mundo televisionado; e que nem sempre é fácil de separar.
Incumbida de produzir a nova temporada de "Everlasting", Rachel (Shiri Appleby) não tem um desafio fácil pela frente: manter ou aumentar as audiências do reality afigura-se uma tarefa impossível. Decidida a incluir o primeiro protagonista afro-americano, Darius Beck (B.J. Britt), Rachel tem de superar algumas barreiras e receios das hierarquias superiores, ao mesmo tempo que conta com a ajuda de Quinn (Constance Zimmer) e continua a confundir os limites.
Com o drama sempre em alta e uma sucessão de twists sensacionalistas, «UnREAL» transforma-se no próprio produto que quer criticar, criando uma realidade interativa e que "provoca" a audiência. Ainda que viva muito à superfície e aposte num tom construtivo mais light, a série criada por Marti Noxon e Sarah Gertrude Shapiro alia o divertimento à análise crítica dos reality shows e pode ser um bom "snack" para acompanhar nas próximas semanas.