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Androids & Demogorgons

TV KILLED THE CINEMA STAR

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17 de Novembro, 2019

«The Crown» com Olivia Colman: A Serenidade que Contrasta com o Caos (review)

Sara

Desde que foi anunciada como a “nova” Rainha Isabel II, em 2017, Olivia Colman tornou-se um fenómeno de popularidade: foi uma das estrelas no elenco estrondoso de «Um Crime no Expresso do Oriente» (2017), consolidou o seu papel em «Fleabag», que lhe valeu o Emmy de Melhor Atriz Convidada em setembro, e ganhou o Óscar, o BAFTA e um Globo de Ouro (já tinha vencido um há dois anos com a minissérie «O Gerente da Noite») por interpretar outra rainha, a Anne, em «A Favorita» (2018). Melhor do que qualquer campanha de marketing que a Netflix pudesse ter pensado.

 

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Em «The Crown», Claire Foy despede-se da Rainha Isabel II em 1963 e entrega-a a Olivia Colman em 1964. O “salto” temporal, que justifica a mudança de elenco, não foi tão amplo como alguns imaginariam, mas traz uma rainha ainda mais Real e menos efusiva do que a sua versão mais jovem. O casamento com Philip, agora interpretado por Tobias Menzies («A Guerra dos Tronos» e «Outlander»), atravessa uma fase menos conturbada – depois de uma segunda temporada brutal – e estabelece-se em segundo plano, numa T3 marcada pela relação turbulenta entre a irmã Margaret (Helena Bonham Carter) e Tony Armstrong-Jones (Ben Daniels). E, ainda, pela entrada do Príncipe Carlos (Josh O'Connor) na idade adulta, bem como o início da sua relação com Camilla Parker Bowles (Emerald Fennell), então Camilla Shand.

 

O mundo também não para: John Lithgow regressa para se despedir do seu Winston Churchill, enquanto Jason Watkins assume o comando do destinos do Reino Unido com Harold Wilson, um político que pouco ou nada simpatiza com a Monarquia. Por sua vez, o País de Gales sobressalta-se com uma tragédia, à qual a série dá contexto com Charles – que também terá a sua dose de antimonárquicos –, e Lyndon B. Johnson (Clancy Brown) revela um lado menos “amigo” dos Estados Unidos, incomodado com a falta de apoio do Reino Unido no Vietname. Já a chegada de Neil Armstrong à lua deixa Philip a repensar a sua vida…

 

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Enquanto tudo se sucede a um ritmo impressionante, Isabel II apresenta-se cada vez mais “intocável”. É cada vez mais Rainha e menos Claire Foy, então uma mulher mais emocional à procura do seu lugar entre a vida pessoal e as exigências do reinado. Olivia Colman diz muito mais no silêncio, nos seus olhares e trejeitos pensados ao pormenor, do que no seu discurso – que, como prova do seu perfeccionismo, também se estende ao modo de falar. É uma rainha que vive sozinha e guarda para si o que pensa, um comportamento incentivado pela rainha-mãe (Marion Bailey) e por quem a rodeia. Quando ela considera estar isolada, há sempre alguém que lhe dá essa certeza. Uma mensagem que, por seu lado, ela tentará passar à descendência.

 

Mais uma vez e sem surpresa, «The Crown» cumpre aquilo a que se propõe e é capaz de cativar a audiência, misturando o argumento – entre a inspiração real e o ficcionado – com acontecimentos que marcaram a história do Reino Unido e da Europa, sobretudo. Um “império” em queda, perante as dificuldades económicas e as novas linhas de pensamento liberais que marcam os tempos. “As moscas passam e tu continuas”: quando Margaret diz algo assim a Isabel, numa referência aos Primeiros-Ministros que ela vai ultrapassando, a série passa à nossa frente num flash. As peças encaixam e o puzzle torna-se claro: é sempre Isabel quem fica, ainda que mais apagada, depois do caos se instalar e, eventualmente, passar ou acalmar.

 

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Provavelmente, quando a terceira temporada de «The Crown» chegar à Netflix, ouviremos falar mais em Helena Bonham Carter, extravagante mas longe da exuberância de outras personagens, do que de Olivia Colman. A sua personagem rouba o holofote mais vezes, a atriz cumpre e Margaret reclama alguma da atenção que tanto lhe faltou. No entanto, chegada a altura de prémios, Colman deverá ver a justiça ser feita como aconteceu com Claire Foy. A sua interpretação silenciosa, com vários rasgos inspirados do discurso, é algo de assombroso. Um feito notável, atendendo que a rainha é cada vez mais uma espectadora dentro da sua própria vida, aconselhada por família, funcionários e autoridades, o que molda o seu pensamento e confunde a sua humanidade com uma espécie de figura transcendental quase amorfa. Uma realeza mais próxima do seu conceito, num corte facilmente reconhecível com a personagem outrora idealizada por Foy.

 

 

Depois de Claire Foy ter brilhado como Rainha Isabel II ao longo de duas temporadas, é agora Olivia Colman quem ocupa o trono. Tive acesso pela METROPOLIS à terceira temporada completa do êxito da Netflix, com estreia marcada para dia 17.

 

05 de Novembro, 2019

Estreias da TV em Novembro 2019

Sara

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1 de novembro

Atypical, Netflix Portugal, 3ª temporada, 

Nós Somos a Onda, Netflix Portugal

Queer Eye: We're in Japan!, Netflix Portugal

 

3 de novembro

Absentia, Amazon Prime, 2ª temporada

 

4 de novembro

Mundos Paralelos, HBO Portugal

 

5 de novembro

Father Brown, FOX Crime, 6ª temporada

The End of the F***ing World, Netflix Portugal, 2ª temporada

 

6 de novembro

Greenleaf, Netflix Portugal, 4ª temporada

Scams, Netflix Portugal

 

8 de novembro

Swamp Thing, HBO Portugal

 

9 de novembro

Little Things, Netflix Portugal, 3ª temporada

 

11 de novembro

9-1-1, FOX Life, 3ª temporada

Bob's Burgers,  FOX Comedy, 9ª temporada

Cardinal, AMC

Santos Dumont, HBO Portugal

 

14 de novembro

Hawai: Força Especial, FOX, 10ª temporada

Investigação Criminal: Los Angeles, FOX, 11ª temporada

 

15 de novembro

The Man In The High Castle, Amazon Prime, 4ª temporada

The Stranded, Netflix Portugal

 

17 de novembro

The Crown, Netflix Portugal, 3ª temporada

The Sleepers, HBO Portugal

 

18 de novembro

Arrow, AXN White, 7ª temporada

 

19 de novembro

Investigação Criminal, AXN, 17ª temporada

 

20 de novembro

Umbre, HBO Portugal, 3ª temporada

 

21 de novembro

Father Brown, FOX Crime, 7ª temporada

Will and Grace, TV Séries, 11ª temporada

 

22 de novembro

Alta Mar, Netflix Portugal, 2ª temporada

Narcoworld: Dope Stories, Netflix Portugal

Ninguém Tá Olhando, Netflix Portugal

Veronica Mars, HBO Portugal, 4ª temporada

 

24 de novembro

Final Space, Netflix Portugal, 2ª temporada

 

25 de novembro

S.W.A.T.: Força de Intervenção, AXN, 3ª temporada

 

26 de novembro

Ray Donovan, TV Séries, 7ª temporada

 

28 de novembro

Merry Happy Whatever, Netflix Portugal

Mytho, Netflix Portugal

O Peso da Verdade, AXN White, 2ª temporada

 

 

04 de Novembro, 2019

Mundos Paralelos: Está Encontrada a Próxima "Guerra dos Tronos"? (review)

Sara

Tive acesso antecipado, pela Metropolis, a quatro episódios de «Mundos Paralelos», cujo piloto é disponibilizado no catálogo da HBO Portugal esta segunda-feira, 4. Já estão garantidas duas temporadas e a primeira tem um total de oito episódios.

 

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Não consigo esquecer, quando me preparo para escrever a análise de «Mundos Paralelos» [«His Dark Materials» no original], o olhar dos meus amigos em conversas sobre a adaptação a série da trilogia literária de Philip Pullman, numa parceria da HBO com a BBC. Um misto de entusiasmo e terror, seguido de uma frase quase suspirada que, salvo uma ou outra alteração, resultava sempre em algo como "espero que não estraguem tudo como no filme". Sim, o filme! Quem já se esqueceu da promessa de uma trilogia no cinema que caiu por terra após os desastrosos resultados em bilheteira e na crítica de «A Bússola Dourada» (2007)? Nem o elenco de luxo, estrelado por Daniel Craig e Nicole Kidman, valeu a realização de uma sequela.

 

O próprio George R.R. Martin, o homem por detrás dos livros que deram origem à popularíssima «A Guerra dos Tronos», acabou por tirar ilações desta "tragédia". Em entrevista à TIME, em 2017, enquanto explicava porque tinha preferido a criação de uma série a uma sequência de filmes, Martin lembrou o ocorrido com Pullman: "Fazemos um filme e se for um sucesso, fazemos mais [disseram produtores interessados num feature film]. Bem, isso nem sempre funciona, como descobrimos com His Dark Materials de Philip Pullman. Se o primeiro não resultar, nunca teremos o resto da história". Para o autor, a televisão era garantia de maior liberdade, mas temas mais problemáticos dificilmente seriam "aceitáveis" em canal aberto, nomeadamente as cenas de incesto entre Lannisters.

 

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Curiosamente, uma das críticas ao filme de 2007, protagonizado por Dakota Blue Richards, era, aliás, a infantilização da história de Pullman para abranger um público mais familiar. Martin acabaria por encontrar a sua casa de sonho na HBO, onde também agora His Dark Materials procuram, finalmente, justiça.

 

Assim como aconteceu com «A Guerra dos Tronos», também os criadores de «Mundos Paralelos» procuraram a ajuda do autor, no caso Pullman, para construir a série. Podemos ler em várias entrevistas dos principais produtores que uma das principais ajudas residiu na abordagem a personagens secundárias, fora da sua interação imediata com Lyra – aqui interpretada por Dafne Keen, que brilhou recentemente em «Logan» (2017). Algo que, diga-se, o filme tentou explorar sem especial êxito. Será que a série terá melhor sorte? Tudo indica que sim.

 

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Cada temporada de «Mundos Paralelos» deverá compreender um livro da trilogia, pelo que a primeira incidirá sobre Os Reinos do Norte [Northern Lights no original]. A segunda já se encontra em filmagens, em grande parte porque a ação acontece num curto espaço de tempo e, com atores tão jovens como Dafne Keen ou Lewin Lloyd (o melhor amigo Roger), as personagens sofreriam alterações demasiado rápido.

 

Mundos Paralelos: uma série entusiasmante

 

Lyra (Keen), de 12 anos, vive num respeitado centro académico, num planeta diferente do nosso, onde a alma das pessoas assume a forma de animais, conhecidos como daemons. Rebelde por natureza, vê-se constantemente envolvida em desafios à autoridade e, como explicitado pelo seu daemon Pan, não há porta trancada que os trave. Apresentações feitas, a ação depressa de desenrola até à chegada do tio Lord Asriel (James McAvoy) e, posteriormente, de Marisa Coulter (Ruth Wilson), que decide contratar a adolescente como assistente e levá-la para uma Londres distópica. Ao comando dos destinos da sociedade, e oposto a qualquer heresia, o Magistério é a entidade máxima e opressora que tenta controlar tudo e todos, sem olhar a meios para atingir os seus fins. O regime religioso e totalitário lembra obras como The Handmaid’s Tale e 1984, ainda que destinado a um público jovem adulto. No entanto, nem por isso as suas atitudes são mais kid friendly, como rapidamente nos apercebemos.

 

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Assim como nos livros, Lyra tem a responsabilidade de guardar uma (de seis) Bússola Dourada, que tem o poder de lhe dizer sempre a verdade, mas lê-la revela-se uma tarefa bastante árdua e sem representação visual – no filme de 2007 existe apenas uma e Lyra consegue decifrá-la com facilidade, com a realização a recorrer a efeitos visuais para mostrar o que ela vê. A posse de tão importante artefacto resulta também numa constante relutância a confiar nos outros e conduz a personagem à solidão e a desabafos apenas com o seu daemon. Uma realidade bem explorada pela série, que se demora um pouco mais – menos do que nos livros, é certo – em cada um dos locais por onde ela passa depois de Oxford.

 

Fazer esquecer Nicole Kidman não é uma tarefa nada fácil, mas Ruth Wilson [mais conhecida sobretudo por «The Affair»] cumpre essa exigente missão com naturalidade. A sua Mrs. Coulter tem, obviamente, similaridades com a de Kidman – até porque a origem é a mesma –, mas a atriz tem a capacidade, que já se esperava, de desenvolver a personagem à sua medida. Conta ainda com a ajuda de um argumento mais sólido e de rasgos bem conseguidos de realização, da responsabilidade sobretudo de Tom Hooper (vencedor de um Óscar por «O Discurso do Rei» (2011)), para tornar Coulter mais complexa e as suas motivações um pouco mais claras e verosímeis. Outra das personagens irresistíveis da série é Lee Scoresby, interpretado pelo épico Lin-Manuel Miranda, o homem por detrás do musical Hamilton.

 

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Embora alguns momentos narrativos possam parecer demasiado óbvios – insinuando a resposta ao espectador em vez de a apresentar depois de surpresa –, a verdade é que os trejeitos do argumento e da realização apresentam resultados imediatos. O discurso depois não tem de ser demorado nem ir ao detalhe para se auto-explicar; fora dos livros é muito difícil descrever os pormenores com o mesmo nível de cuidado, e esperar que quem vê vá chegando lá de forma natural.

 

Comparar a complexidade de «A Guerra dos Tronos» com a recém-chegada «Mundos Paralelos» é imprudente e uma falácia muito perigosa, mas ajuda-nos a perceber melhor o desafio que o argumentista Jack Thorne e companhia se propõem. Bem como os níveis de popularidade que podem ambicionar (embora em menor escala). É certo que estamos perante universos bastante diferentes, mas o cuidado na idealização de «A Guerra dos Tronos» pode desde já deixar os leitores mais descansados. E, claro está, como esquecer as críticas ferozes de leitores da saga de Martin à série, apesar de todo o seu sucesso?

 

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«Mundos Paralelos» aprende com os erros do filme e respeita mais os livros, sem os idolatrar a tal ponto que castigue o desenvolvimento orgânico da história. Toma liberdades criativas que encontram facilmente justificação, ainda que não esqueça de onde partiu e onde quer chegar – mas, nesta altura, é cedo para dizer se irá seguir a "escuridão" dos livros ou suavizar um pouco a catástrofe para não chocar as massas. A forte crítica social está lá, bem como a construção das personagens em camadas, em vez de simplesmente as demonizar em prol da ação. Destaque também para os efeitos visuais bem conseguidos, o que não é surpresa atendendo ao histórico da HBO na última década.

 

 

02 de Novembro, 2019

Silicon Valley: o Guia da "User Data" Para Totós (Review)

Sara

Ainda não perceberam a dimensão (e o perigo) da recolha dos nossos dados na Internet? Antes de cair o pano, «Silicon Valley» ilustra o perigo de estarmos à venda. Tive acesso antecipado, pela METROPOLIS, aos três primeiros episódios da última temporada e o balanço é muito positivo.

 

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A metáfora de Richard Hendricks (Thomas Middleditch), no primeiro discurso idealista da última temporada, traça a missão da Internet descentralizada: assim como os europeus fugiram a reis e procuraram na América um mundo novo, também a sociedade tem agora a oportunidade de desafiar o monopólio do Google, Facebook e da Amazon Web Services. Apesar da eloquência (trémula), como acontece teimosamente com esta personagem, as suas frases têm pouco impacto na ação que se segue em «Silicon Valley».

 

A crítica apurada a Silicon Valley e à tecnologia que domina o pensamento empresarial – e, por conseguinte, o modo com as pessoas comuns estão ou não protegidas na Internet –, e tantas vezes a procura quase desumanizante pelo lucro, marca o discurso e os acontecimentos de «Silicon Valley», que regressou na madrugada de domingo para segunda, 28. Se é para dizer adeus, que seja com um bang, pelo que o arranque da sexta temporada deixa as expetativas em alta para os episódios finais da história imaginada por John Altschuler, Mike Judge e Dave Krinsky.

 

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Tudo parecia correr bem para a Pied Piper no final da quinta temporada, e o próprio arranque da temporada de despedida fazia antecipar um desfecho risonho, mas o mito é rapidamente desfeito por uma série de azares ao estilo que Richard Hendricks nos habituou. Com uma audiência no Congresso, ironicamente ao lado de Gavin Belson (Matt Ross), Richard assume novamente a sua faceta Mark Zuckerberg-iana e explora um tema atual e bastante problemático: a questão da user data. Ou seja, dos dados que são recolhidos dos utilizadores – sobretudo das plataformas mainstreame que são depois vendidos a patrocinadores. Embora desajeitado como sempre, Richard parece romper com os "monstros" da tecnologia e estudar uma solução para os internautas.

 

Mas nem tudo o que parece é, e «Silicon Valley» rapidamente muda o tabuleiro do jogo e inverte as expectativas geradas no primeiro episódio da temporada final. Apesar do longo percurso que fizeram até aqui, a vida continua a não ser fácil para Richard, Jared (Zach Woods), Dinesh (Kumail Nanjiani) e Gilfoyle (Martin Starr). Entre vinganças, tréguas e cortes aparentemente definitivos, a série explora as relações entre as personagens mais efusivamente do que nunca, ao mesmo tempo que coloca a Pied Piper entre a incerteza e o caos. Quase indiferentes a isto tudo, personagens menores como Jian Yang (Jimmy O. Yang) e Hoover (Chris Williams) mantêm-se como a melhor desculpa para momentos de comédia "inconsequente".

 

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Na série da HBO, aprendemos que toda a gente tem um preço. E até os momentos mais escabrosos podem revelar-se de sucesso pelo preço certo. A visão idealista de Richard tem escapado à tentação, mas a provação nunca foi tão forte como agora: e como se vão comportar Dinesh e Gilfoyle perante os desafios mais "milionários"? Monica (Amanda Crew) assume-se uma vez mais como o trunfo da narrativa, a par de uma inesperada contratação, que promete tirar Gilfoyle do sério.

 

Depois de cinco anos na antena do TVSéries, «Silicon Valley» regressa para se despedir do público português na sua "casa" original, a HBO. Os episódios são lançados semanalmente, na madrugada de domingo para segunda, ao mesmo tempo dos Estados Unidos.