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Androids & Demogorgons

TV KILLED THE CINEMA STAR

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30 de Maio, 2018

Arrested Development: Perdoar o Mal Que Nos Faz Pelo Bem Que Nos Sabe

Sara

A METROPOLIS teve acesso em primeira mão à nova temporada, que estreia dia 29, terça-feira, na Netflix. A quinta temporada está dividida em duas partes, com os últimos oito episódios a chegarem mais tarde.

 

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À medida que se aproximava o regresso, o marketing de «Arrested Development» sofreu um volte-face inesperado. Assim como aconteceu com «Transparent», a eventual qualidade foi ofuscada pela polémica em torno de Jeffrey Tambor. O ator foi um dos primeiros nomes a ser falados aquando do 'rebentar' da polémica em torno de Harvey Weinstein, a par de Kevin Spacey, e uma nova denúncia da colega de elenco Jessica Walter só veio complicar a sua situação. Sobretudo quando o elenco masculino, nomeadamente Jason Bateman, desvalorizou o possível caso de violência verbal, em entrevista ao The New York Times, e os fãs mostraram o seu descontentamento. Entre as consequências, está o cancelamento da tour pelo Reino Unido.

 

Será difícil antecipar o impacto que o caso Tambor vai ter no que diz respeito ao futuro da série – «Transparent» foi cancelada – e, no caso de renovação, resta saber se as portas estão fechadas para o ator, que interpreta duas personagens. Não obstante, a polémica de bastidores poderá ter também um efeito 'benéfico' para as audiências, já que poderá ofuscar, ainda que parcialmente, as críticas à escrita preguiçosa que pauta a quinta temporada. Após uma quarta temporada que dividiu opiniões, com um formato partido e focado nas personagens separadamente (para conciliar as agendas dos diferentes atores), a nova incursão nas aventuras da família Bluth volta ao formato original. Em demasia: além da reciclagem estrutural (aceitável), a série recupera muitas piadas antigas e gastas, castigando o argumento.

 

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Cancelada em 2006, a série foi repescada em 2013 pela Netflix, que soube aproveitar o buzz em torno de «Arrested Development» e fez os mínimos para garantir a continuidade. O público está mais do que estabelecido e, por mais que a qualidade tenha tendência a cair, a ligação estabelecida com as personagens força o reencontro. Um pouco ao jeito de um amigo distante que, apesar de ter andado em parte incerta durante anos, continua a ser recebido com um abraço. Mas será que isso chega? Não devia. É preciso mais do que as capacidades adivinhatórias da série – que se focou num muro entre os Estados Unidos e o México ainda antes de Donald Trump o fazer no mundo real – para justificar a aposta milionária do serviço de streaming.

 

Poderá aceitar-se que uma série estreada há 15 anos fique 'parada' no tempo e viciada nos mesmos traços de personalidade da família? Não é essa, afinal, a receita basilar de grande parte das comédias que invadem a televisão nos dias de hoje? Será justo exigir mais a «Arrested Development»? Sim, porque a série criada por Mitchell Hurwitz em 2003 nos habituou a mais. Ano após ano. Foi isso, em parte, que justificou a repescagem da Netflix sete anos depois do fim, e numa altura em que os conteúdos inéditos eram a aposta principal. Como tal, não se pode (ou não deve) conformar com ser apenas mais uma série, até porque o intervalo temporal de cinco anos entre temporadas exige mais. Os fãs merecem mais.

 

Texto originalmente publicado na Metropolis.

 

 

14 de Maio, 2018

Fim de Semana Negro: As Séries a Que Dizemos Adeus

Sara

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A esperança é a última a morrer! Afinal, «Timeless» foi salva pela NBC em 2017 (alguns dias depois do mesmo canal a ter cancelado) e, este fim de semana, «Brooklyn Nine-Nine» mudou para a NBC, com o canal a resgatar a série protagonziada por Andy Samberg após a FOX a ter cancelado. A FOX que foi buscar «Last Man Standing», chutada para canto pela ABC há cerca de um ano. Como as regras 'mudaram', não se pode dizer com toda a certeza que as séries abaixo disseram o seu último adeus, mas, para já, tudo aponta para que sim.

 

Alex, Inc.

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APB

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Ash vs Evil Dead

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Deception

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Designated Survivor

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Ghost Wars

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Great News

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 Here and Now

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I Love Dick

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Kevin Can Wait

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Kevin (Probably) Saves the World

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Life Sentence

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Lucifer

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Marvel’s Inhumans

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Mozart in the Jungle

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Quantico

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Rise

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Scorpion

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Seven Seconds

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Superior Donuts

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Taken

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Ten Days in the Valley

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The Brave

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The Crossing

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The Exorcist

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The Expanse

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The Last Man on Earth

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The Path

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Transparent

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Unbreakable Kimmy Schmidt

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Valor

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 9JKL

 

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07 de Maio, 2018

Perdidos no Espaço: O Nome Diz Tudo

Sara

No dia em que «Lost in Space» fechou a sua caminhada de três temporadas, a 6 de março de 1968, o Homem não tinha ainda chegado à Lua. Tal aconteceria um ano depois, em julho, e o que Neil Armstrong encontrava era mais credível do que os companheiros de cartão que acompanhavam a família Robinson – e também com menos extraterrestres. Muito mudou, portanto, até 13 de abril de 2018, 50 anos depois, data em que a Netflix estreou um remake da série que, além das viagens pelo Espaço, tinham viajado também na TV do preto e branco para a cor.

 

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Elencos monstruosos, super-heróis e ficção científica acima e abaixo do solo: não há género que escape ao alcance do serviço de streaming, que continua a desafiar o paradigma instalado no pequeno ecrã e também no cinema. Mais do que uma homenagem à série dos anos 60, «Lost in Space» é um passo determinado da Netflix, que assume a sua aposta clara também no Universo – literal – 'sagrado' de Hollywood. Depois de conquistar a Terra, com sucessos inquestionáveis como «Stranger Things» ou «The Crown», o streaming toca um dos tesouros da televisão, e onde ainda não tinha chegado com firmeza – no que a conteúdos originais diz respeito.

 

Mas vamos ao que interessa. A reinvenção da popular «Lost in Space», que se foi tornando uma série de culto ao longo das décadas, é, na sua essência, uma adaptação frágil e, a espaços, totalmente irrisória. No entanto, esta falha não está relacionada com a tecnologia ou a edição de episódios, no geral competente e obviamente bem mais avançada que a série-mãe, mas antes com a construção das personagens. Os Robinsons são trazidos para o futuro, modernizados, têm outro tipo de problemas, e relacionam-se, naturalmente, de forma diferente do que acontecia nas séries há meio século.

 

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Ainda assim, esta modernização não tem correspondência com o comportamento das personagens, nomeadamente do pai John Robinson (Toby Stephens, «Velas Negras»). Desenhado à imagem das personagens masculinas do cinema e da televisão dos anos 40 e 50, com ar de durão e de ideias feitas, que faz as escolhas difíceis que ninguém quereria fazer. O problema é que, ao contrário do que acontecia com os 'machos' do género, ainda a preto e branco, e a julgar pelo episódio piloto, John não é bem-sucedido – é só teimoso. Ou seja, ele faz as escolhas impopulares e, não fosse uma ajuda improvável de última hora, que salvou ambas as decisões que tinha tomado, e tudo acabava em catástrofe: a série começava com cinco Robinsons e no segundo episódio já só havia três (possívelmente dois).

 

O resto dos Robinsons também recebe o nome do elenco original, assim como acontece com outras personagens, ainda que a misteriosa personagem Dr. Smith seja agora uma mulher, interpretada por Parker Posey. O alien outrora totalmente 'artificial' e pouco credível é agora substituído por uma figura imponente e mecânica, que faz lembrar o Demogorgon de «Stranger Things», também uma série original da Netflix. A nível de CGI, há um claro cuidado dos produtores, o que faz realçar ainda mais o poder económico do serviço de streaming, que tem sido capaz de dar resposta a exigências monetárias bastante altas, e que certamente não estariam ao alcance de todos os canais de televisão (pelo menos em tantas séries).

 

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A personagem de Molly Parker, de «House of Cards», Maureen, é uma mulher aparentemente frágil que, nos momentos-chave, revela uma determinação impressionante: contrastando, evidentemente, com o marido John, que é apresentado em flashbacks como um pai cada vez mais ausente. Apesar de todos os conflitos em Terra, causados em grande medida pela vida militar de John, a família acaba por ser toda integrada no mesmo grupo de colonos, o 24. Perante um problema na base, todas as famílias se apressam para as respetivas naves – algo que é revelado pela primeira vez na fase final do primeiro episódio, e depois progressivamente explorado –, sendo que a ação arranca já depois desta turbulência e o conhecimento é dado por partes. O puzzle não poderia ser idealizado sem o pequeno Will (Maxwell Jenkins), que, apesar da tenra idade, não acusa a inexperiência.

 

É irónico que uma série virada para o futuro seja castigada por algo intemporal: a construção das personagens. Ainda que as decisões por detrás da imaginação dos cinco Robinsons possam ter sido conscientes e os riscos totalmente assumidos pelos criadores Irwin Allen, Matt Sazama e Burk Sharpless, a verdade é que tornam um argumento, imaginativo e pensado como homenagem à série antecessora, uma aventura frágil e sustentada em teimosia. Algo que, naturalmente, pode ser contornado com a progressão da narrativa, mas que, inevitavelmente, vai afetar a relação do público com as personagens (a nível de empatia, sobretudo) e das personagens entre si.

 

Texto originalmente publicado na Metropolis.

 

 

01 de Maio, 2018

Agenda/Maio: Estreias na Televisão em Portugal

Sara

Estreia do mês: The Rain

Regresso mais esperado: Unbreakable Kimmy Schmidt

Figura do mês: Jonny Lee Miller - Elementar

 

The Rain | Netflix, 4 de maio

 

Dear White People - Temporada 2 | Netflix, 4 de maio

 

Speechless - Temporada 2 | FOX Comedy, 6 de maio

 

Raising Hope | FOX Comedy, 7 de maio

 

Psych - Agentes Especiais - Temporada 6 | AXN White, 7 de maio

 

Elementar - Temporada 6 | TVSéries, 8 de maio

 

Bill Nye Salva o Mundo - Temporada 3 | Netflix, 11 de maio

 

I'm Dying Up Here - Temporada 2 | TVSéries, 15 de maio

 

Timeless - Temporada 2 | AXN, 16 de maio

 

Por Treze Razões - Temporada 2 | Netflix, 18 de maio

 

 

Humans | AMC, 18 de maio

 

Os Goldberg - Temporada 5 | FOX Comedy, 21 de maio

 

Mob Psycho 100 | Netflix, 22 de maio

 

Colony - Temporada 2 | Syfy, 22 de maio

 

Fauda - Temporada 2 | Netflix, 24 de maio

 

The Toys That Made Us - Temporada 2 | Netflix, 25 de maio

 

The Blacklist - Temporada 3 | AXN, 29 de maio

 

Unbreakable Kimmy Schmidt - Temporada 4 | Netflix, 30 de maio

 

Code Black - Temporada 3 | FOX Life, 30 de maio