Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Androids & Demogorgons

TV KILLED THE CINEMA STAR

Androids & Demogorgons

TV KILLED THE CINEMA STAR

30 de Março, 2018

Agenda/Abril: Estreias na Televisão em Portugal

Sara

Estreia do mês: O Alienista

Regresso mais esperado: Westworld | The Handmaid's Tale

Figura do mês: Álvaro Morte - La Casa de Papel

 

Os Simpsons - Temporada 28 | FOX Comedy, 1 de abril

 

For the People | FOX Life, 2 de abril

 

The Terror | AMC, 3 de abril

 

La Casa de Papel - Temporada 2 | Netflix, 6 de abril

 

Troia: A Queda de uma Cidade | Netflix, 6 de abril

 

Fastest Car | Netflix, 6 de abril

 

The Boss Baby: Volta a Bombar | Netflix, 6 de abril

 

Billions - Temporada 3 | TVSéries, 7 de abril

 

Legion - Temporada 2 | FOX, 9 de abril

 

Anatomia de Grey - Temporada 1 | FOX Life, 9 de abril

 

Stargate SG-1 | Syfy, 9 de abril

 

Fargo - Temporada 1 | AMC, 10 de abril

 

Perdidos no Espaço | Netflix, 13 de abril

 

The Crossing | TVSéries, 15 de abril

 

Fear the Walking Dead - Temporada 4 | AMC, 16 de abril

 

Colony | Syfy, 17 de abril

 

O Alienista | Netflix, 19 de abril

 

Westworld - Temporada 2 | TVSéries, 23 de abril

 

Deep State | FOX, 23 de abril

 

Robert Kirkman's Secret History of Comics | AMC, 23 de abril

 

Crime, Disse Ela - Temporada 1 | FOX Crime, 23 de abril

 

The Originals - Temporada 5 | Netflix, 25 de abril

 

The Handmaid's Tale - Temporada 2 | N Play, 26 de abril

 

Happy! | Netflix, 26 de abril

 

3% - Temporada 2 | Netflix, 27 de abril

 

The New Legends of Monkey | Netflix, 27 de abril

 

The 100 - Temporada 5 | Netflix, 29 de abril

 

Superstições | Netflix, 29 de abril

 

 

30 de Março, 2018

Station 19: Deixem-se 'Enganar' Como em «Anatomia de Grey» e Depois Queixem-se

Sara

Antes de deixar a ABC para se juntar à Netflix, Shonda Rhimes entrega um presente (envenenado) para fazer jus ao seu legado de mais de uma década: «Station 19» tem a capacidade de conquistar o público, e de desfazer as suas ilusões em segundos. Não é por acaso que, no Brasil, Shonda passou a ser conhecida por 'Shondanás'. Tudo o que a bem-sucedida produtora toca tem a capacidade de se autodestruir em segundos.  Depois não digam que não foram avisados.

 

1.jpg

 

Próxima paragem: Dramaland. Shonda Rhimes pode estar prestes a despedir-se da sua Shondaland, estabelecida durante mais de uma década com «Anatomia de Grey» e outras séries, como «Scandal» e «Como Defender um Assassino» [How to Get Away With Murder no título original], mas vai sair da ABC com um BANG. Após a estreia do outro lado do oceano, «Station 19», o anunciado spin-off de Grey's, chegou ontem à FOX Life Portugal e «For The People» tem encontro marcado no mesmo canal na próxima segunda-feira, 2 de abril. Se acham que «Station 19» tem uma história muito parecida à que lhe deu origem, estão certos! Stacy McKee aventura-se agora como criadora a solo, mas tem a escola de Shonda: escreveu, aliás, 33 episódios de «Anatomia de Grey» desde 2005, tendo sido promovida progressivamente até produtora executiva.

 

É certo que se torna inglório avançar com um spin-off de bombeiros quando «Chicago Fire» já repetiu a fórmula exaustivamente desde 2012, somando ao Quartel 51 séries sobre polícias e médicos, e um drama legal malsucedido. Mas quem tem «Anatomia de Grey» tudo pode, e é também por isso que «Station 19» traz a carga pesada logo no episódio piloto, com as participações super especiais de Chandra Wilson e Ellen Pompeo (Miranda Bailey e Meredith Grey). Será de esperar que a fórmula se repita, até pela proximidade natural entre os bombeiros e os profissionais médicos. Caminho inverso fez o ator Jason George, o cirurgião Ben Warren, que confirmou os rumores e se juntou ao elenco da nova série do universo Shondaland. Na série-mãe desde 2010, vem reclamar outro protagonismo em «Station 19», onde começa por ser o 'novato' e, consequentemente, um dos grandes responsáveis pela componente cómica.

 

3.jpg

 

Mas vamos ao que interessa. «Station 19» tem os ingrediente todos que fizeram a receita indestrutível de «Anatomia de Grey»: missões de alto risco, sexo e (muito) drama. Assim como é prática de Shonda Rhimes, a protagonista volta a ser uma mulher, desta feita Andy Herrera (Jaina Lee Ortiz, «Rosewood»), a filha do comandante da Station 19, Pruitt (Miguel Sandoval). Envolvida num relacionamento secreto com Jack Gibson (Grey Damon, «Star-Crossed», «Aquarius»), Andy continua à procura do seu lugar dentro da profissão e da sua vida pessoal, onde sempre jogou pelo seguro. Assim como Meredith na série-mãe, também a personagem de Jaina empresta a voz à narração do piloto, com uma analogia bem conseguida entre o que está a viver e as escolhas seguras que foi fazendo ao longo da vida. Quando deixa de as fazer, está tudo estragado, certo?

 

Mal damos conta e já estamos investidos na vida das personagens que se passeiam no pequeno ecrã [quem foi amiga e avisou logo no título deste texto?], tal como aconteceu com muitos dos seriólicos que ainda não conseguiram largar «Anatomia de Grey». O braço-direito de Andy tem pouco a ver com Cristina Yang (Sandra Oh), mas Maya Bishop (Danielle Savre) desempenha o mesmo papel que Yang na vida de Meredith Grey. Já o lado sexual de «Station 19» não é descurado, e também Andy promete ter umas quantas histórias para contar no final da temporada, que não se adivinha nada tranquila. Por um lado, o caso mal fechado com o melhor amigo da infância, o agente Ryan Tanner (Alberto Frezza), e a disputa pelo cargo de chefia com Gibson, que se preparava para pedi-la em casamento. Drama, drama, drama.

 

2.jpg

 

A minha maior dificuldade, admito, é ver Okieriete Onaodowan entre o cast, uma vez que fico à espera que ele largue um sonoro HERCULES MULLIGAN, tal como fazia a personagem que interpretou no cast original do popular musical Hamilton, idealizado por Lin-Manuel Miranda. Ainda assim, a série vale por personagens de segunda linha como Dean (Okieriete Onaodowan) e Victoria (Barrett Doss), que quebram o clima mais pesado e caraterístico de dramas nesta linha, brincando, pelo caminho, com vários estereótipos e ideias feitas acerca dos bombeiros. De resto, «Station 19» é uma aposta que corresponde ao género que Shonda Rhimes nos habituou, ainda que tenha de crescer muito para corresponder à qualidade de séries como «Como Defender um Assassino» e até algumas temporadas de «Anatomia de Grey».

 

 

 

25 de Março, 2018

Primeiras Impressões Sobre «Silicon Valley» e «Barry»

Sara

Se achava que era desta que ia deixar de ver séries até às tantas, o TVSéries oferece-lhe duas estreias imperdíveis que lhe vão estragar os planos: «Barry» e a quinta temporada de «Silicon Valley». A METROPOLIS já viu e prepara-o para o que aí vem.

 

1.jpg

 

A parceria do TVSéries com a HBO voltou a dar frutos e, esta madrugada, poderá assistir à estreia mundial de duas das principais apostas do canal no género de comédia, primeiro com o regresso muito aguardado de «Silicon Valley», às 2 da manhã, e meia hora depois com a estreia absoluta de «Barry». Vai ser uma hora seguida a rir até às lágrimas, com a quinta temporada de «Silicon Valley» a superar a ausência do inigualável Erlich Bachman (T.J. Miller) e «Barry» a apresentar uma das premissas mais surreais da presente temporada televisiva.

 

Depois do desprezível Gavin Belson (Matt Ross) abandonar Erlich à sua sorte, após um período no Tibete que não parece ter alterado em nada a sua sede de poder, «Silicon Valley» procura uma nova identidade, independente da sua personagem mais emblemática. É certo que a opção de saída foi de T.J. Miller, mas a série deixa claramente a porta aberta para o seu regresso, ainda que se recuse a parar (e ainda bem). Richard Hendricks (Thomas Middleditch), Bertram Gilfoyle (Martin Starr), Dinesh Chugtai (Kumail Nanjiani) e Jared (Zach Woods) nem sabem como escaparam à ruína no final da quarta temporada, mas voltam em força e prontos a conquistar, uma vez mais, Silicon Valley – novamente com a concorrência feroz de Gavin Belson.

 

2.jpg 

Com os servidores da Hooli em luta cerrada com a Internet descentralizada de Richard e companhia, para a qual o próprio Gavin cedeu a patente, há muitas contas a ajustar no pequeno ecrã: com linguagem bem geek a acompanhar. Para ajudar à confusão, o terrível Pelant de «Ossos», Andrew Leeds, regressa para nos atormentar novamente, mas com muita piada à mistura. Não há certezas relativamente a onde vai parar a série criada por John Altschuler, Mike Judge e Dave Krinsky, mas o argumento persuade-nos a ficar para descobrir. Após fintar a tragédia quando nada o fazia prever, Richard promete ter tomado o gosto por quebrar as regras – inovando perante a ausência de Erlich, que testava tantas vezes os seus limites. Destaque ainda para Jian Yang (Jimmy O. Yang), numa storyline simples mas irresistível.

 

 

Em estreia absoluta, chega «Barry», cocriada e protagonizada pelo talentoso Bill Hader. Com uma história escrita a quatro mãos com Alec Berg, produtor executivo de séries como «Seinfeld», «Calma, Larry» e «Silicon Valley», o ator lança uma premissa arrasadora, que combina «Dexter» com «La La Land: A Melodia do Amor» (2016) (e outras tantas histórias sobre encontrar o sonho de ser ator e o amor). A mistura parece estranha, é certo, mas a verdade é que resulta: Barry (Hader) é um assassino contratado em depressão, que parece aborrecido com a vida quotidiana que leva, e a cumpre de forma quase maquinal. Para agitar um pouco as águas, o seu mentor, Fuches (Stephen Root) – cuja presença, como aprendemos recentemente, deve ser sinal para «Foge» (2017)envia-o para Los Angeles, onde deve matar o amante da mulher de um mafioso.

 

No entanto, quando conhece o seu alvo, interpretado por Garrett Hedlund, Barry encontra também algo inesperado: a sua paixão pelo teatro. Embora o professor Cousineau (Henry Winkler) não tenha o feitio mais fácil, a verdade é que a sua reputação é mais do que suficiente para juntar um promissor grupo de pessoas que querem vingar em Los Angeles. Sem ninguém suspeitar que Barry é, na verdade, um assassino em série, o ator vai tentando conciliar agendas e vingar na terra dos sonhos. Esta é a aposta mais ousada de Bill Hader, mais conhecido pelos seus trabalhos de dobragem e, claro está, pela sua passagem por «Saturday Night Live». Uma das sinopses mais sem nexo dos últimos tempos e, também por isso, uma das mais imperdíveis.

 

Texto originalmente publicado na Metropolis.

 

 

23 de Março, 2018

Estado Atual: Numa Relação Complicada Com «O Mecanismo»

Sara

Ter uma série original brasileira focada no escândalo Lava Jato, criada por José Padilha e com Selton Mello no papel de maior destaque? Vou já ver! Ah... Afinal é ficção. «O Mecanismo» prometia, e muito, graças ao marketing e parecia destinada a um sucesso estrondoso: mas tudo começa mal, logo no primeiro frame de texto – onde se afasta do documental e se assume como obra totalmente criativa.

 

1.jpg

 

Com várias séries originais Netflix já anunciadas, o Brasil lançou hoje, 23, a sua segunda aposta para o serviço de streaming (depois de «3%»), «O Mecanismo». A promoção da série criada por José Padilha, o realizador dos filmes da «Tropa de Elite», aguçou a curiosidade do público global, uma vez que apontava diretamente ao maior escândalo financeiro da história do nosso país irmão. Relativamente recente, ainda que longe de ser um tópico consensual, a polémica baseada na lavagem de dinheiro, e corrupção em diversos cargos de importância, é meio caminho andado para captar audiência. E a outra metade?

 

Apesar de a estrutura de «O Mecanismo», no geral, me interessar e me cativar enquanto espectadora, há outra parte de mim que reprova a abordagem ao assunto. Se é sobre o Lava Jato, porquê a ascensão de Marco Ruffo (Selton Mello) ao estatuto de herói, o polícia ficcional que começa a desmontar a conspiração, se nem sequer se trata de uma personagem factual? Será possível, para mim, separar a qualidade da narrativa da exigência de outro tipo de aposta sobre a Lava Jato? A julgar pelas opções que se vão sucedendo, nomeadamente nos primeiros episódios, a missão estará ao nível da saga do Tom Cruise.

 

2.jpg

 

Numa altura tão disputada para os estúdios televisivos, onde os hiatus são coisas do passado e a peak season dura 12 meses por ano, a tentiva de fazer a diferença começa logo no marketing da série. Além das baterias apontadas à polémica denominada Lava Jato, que continua a marcar a atualidade do país e até do mundo, a série poderá ter 'aproveitado' a discussão recente sobre o homicídio de Marielle Franco. A política e a justiça brasileiras têm os holofotes sobre si e, embora «O Mecanismo» contribua para a análise, dificilmente trará alguma coisa de novo em termos factuais.

 

Moral da história, estou numa relação complicada. Se, por um lado, reconheço a qualidade de realização e argumento da série; por outro, não sou capaz de esquecer a necessidade (que sinto) de uma vertente mais documental, apoiada em pessoas reais e acontecimentos concretos. Poderá, certamente, ser cedo para reescrever de forma minuciosa um acontecimento de tamanha envergadura e tão próximo temporalmente, mas então porquê chamar à intriga central Lava Jato? Porque não apelidar o escândalo com outro nome e fazer algo mais independente da história real? Marketing, sempre o maldito do marketing e das expetativas que ele alimenta...

 

 

20 de Março, 2018

Nailed It!: Finalmente os "Cromos" do «Masterchef» Têm uma Série

Sara

É a série que (provavelmente) não estão a ver, mas deviam. Não é comédia, não é drama, ainda que seja também isso, e muito menos se trata do típico reality show de cozinha. «Nailed It!» é o concurso culinário de que precisávamos, embora talvez nem o suspeitássemos. Confusos? Bem, o melhor é mesmo ver para crer!

 

1.jpg

 

Hoje acordei com uma ameaça no meu telemóvel. "Eu mato-te! Estava quase a dormir, tenho de acordar às 7 horas e vou no quarto episódio", escreveu a Filipa às 2h50. Acho que nunca a consegui pôr a fazer uma maratona tão depressa, o que diz muito sobre ela e, sobretudo, sobre mim. «Nailed It!» [«Perfeito!» na tradução para português] tem uma das premissas mais preguiçosas e, ao mesmo tempo, mais inusitadas em televisão. Procurando reestabelecer o equilíbrio no mundo dos concursos no pequeno ecrã, e promovendo a igualdade de oportunidades, a série da Netflix leva a concurso os cozinheiros mais desastrosos das redes sociais (e não só). Os geniozinhos da culinária já têm programas suficientes, certo? Afastem-se, chegou a vez dos 'cromos', que é como quem diz, dos cozinheiros normais que não são dados a espectacularidades.

 

A experiência de recomendar esta série é verdadeiramente engraçada. Mal se fala em série com comida à mistura, as pessoas torcem o nariz. "Mais uma?". Sim, mais uma, mas não é uma qualquer. Esqueçam a impressionante «Zumbo's Just Desserts», também da Netflix, e os programas que, rotineiramente, passam na SIC Mulher e no 24Kitchen. Isto é outro nível e, ao contrário do habitual, a qualidade mede-se por baixo. Gostava, aliás, de ver os castings de acesso a esta prova, pois desafiam tudo aquilo que aprendemos ao longo da vida, já que os piores são premiados e os melhores vão para casa. O que motivaria, inclusivamente, outra série: para aqueles que não são maus o suficiente para «Nailed It!» nem bons que chegue para «Masterchef» e companhia.

 

2.jpg

 

Quem nunca se armou em Gordon Ramsay ou Jamie Oliver e improvisou uma lição gastronómica em casa? A generalidade dos participantes de «Nailed It!», três por episódio, levou a aula para outro palco e até têm canais de Youtube onde partilham a sua 'mestria'. Com um ar muito amador e uma falta de jeito encantadora, que certamente fez a diferença para a sua seleção, sendo que o programa, basicamente, premeia o menos mau entre o trio de participantes. Cada episódio está dividido em duas provas, ainda que a segunda tenha um peso claramente superior na hora de definir o vencedor, naquele que é um desafio épico bem longe do alcance dos cozinheiros postos à prova. Por sua vez, a prova inicial tem um 'pequeno' prémio para o melhor dessa ronda, assim como uma distração de vantagem para o pior concorrente – que pode escolher, na prova final, congelar o tempo três minutos para os adversários ou levar a divertidíssima apresentadora, Nicole Byer, a distraí-los durante três minutos.

 

Passamos metade do episódio a rir-nos das figurinhas alheias, e a outra metade a ter pena dos concorrentes e a culpar-nos pelo que nos rimos. É uma viagem bipolar, sem qualquer dúvida. Como resistir à tentação de soltar uma gargalhada quando um participante, vamos dizer razoável, apresenta um discurso digno do Gordon Ramsay num concurso entre chefs? Não pode ser tudo falta de noção, mas o que é certo é, mesmo que toda esta mistura de sensações, não conseguimos parar de ver a série. E até quando questionamos a ética e os limites de quem desenvolveu «Nailed It!», ou um comentário mais 'bruto' de Nicole, seguimos a frase altamente ponderada de uma gargalhada estridente que, muito provavelmente, acordou os vizinhos de cima. Somos péssimos – e os participantes também, por isso vejam!

 

Fiquem com alguns dos 'melhores' resultados:

 

3.png

 

4.jpg

 

5.jpg

 

6.png

 

 

 

 

19 de Março, 2018

Dia do Pai: Top 10 de Pais [Atualmente] no Pequeno Ecrã

Sara

Para assinalar o Dia do Pai, fiquem com o top 10 de pais em séries televisivas a decorrer. Como já é sua imagem de marca, Jack Pearson, de «This is Us», volta a colocar a fasquia a um nível inatingível. Concordam com a lista? Deixem também os vossos favoritos.

 

1.jpg

 Jack Pearson (Milo Ventimiglia) - This is Us

 

2.jpg

 Phil Dunphy (Ty Burrell) - Modern Family

 

3.jpg

George Cooper Sr. (Lance Barber) - Young Sheldon

 

4.jpg

Jaime Lannister (Nikolaj Coster Waldau) - Game of Thrones (LOL)

 

5.jpg Terry Jeffords (Terry Crews) - Brooklyn Nine-Nine

 

6.jpg

Bob Belcher (H. Jon Benjamin) - Bob's Burgers

 

7.jpg

Dre Johnson (Anthony Anderson) - Black-ish

 

8.jpg

Louis Huang (Randall Park) - Fresh Off the Boat

 

9.jpg

Ramesh (Shoukath Ansari) - Master of None

 

10.jpg

Dan Conner (John Goodman) - Roseanne

 

 

19 de Março, 2018

Deception: O Que Têm Em Comum «Chuck», «Castle» e «Os Segredos da Magia»?

Sara

Chris Fedak, cocriador de «Chuck», regressa à criação de séries com «Deception», que estreia no TVSéries esta segunda-feira, 19.

 

1.jpg

 

É quase inglório falar de «Deception» sem estragar o primeiro 'truque' do episódio piloto, mas vamos tentar. Cameron Black (interpretado pelo promissor Jack Cutmore-Scott) é um mágico super popular que, depois de ver revelado o seu maior segredo, cai em ruína e fica condenado ao anonimato. Até um ano depois, altura em que a intervenção de outro ilusionista, num golpe ao FBI, o traz para o centro da ação. O truque, aparentemente impossível, é uma imitação de um desaparecimento que Cameron levou a cabo na televisão, pelo que o palco parece preparado para o atrair. E é isso mesmo que acontece.

 

Cameron intromete-se na equipa de Kay Daniels (Ilfenesh Hadera) e Mike Alvarez (Amaury Nolasco), ajudando a dupla graças à sua queda para a ilusão. Com um monólogo forte logo a abrir o episódio piloto, é certo que «Deception» não nos quer apenas iludir – quer também mostrar-nos como o faz. Quer isto dizer que, apesar da forma bem conseguida como os truques se sucedem no ecrã, Cameron não guarda segredos (até para desgosto de Alvarez, um claro fanboy do seu trabalho). Ainda assim, recorre a esta teia de enganos para ajudar as autoridades a deter o alvo em vista e, assim, conseguir mais pistas acerca do ilusionista mistério, que será, sem qualquer dúvida, o principal antagonista da primeira temporada.

 

2.jpg

 

A narrativa suave, a par da ação equilibrada e com um ritmo estável, torna o primeiro episódio de «Deception» fácil de ver. 'Vendida' como um drama policial, resulta muito mais como uma série de comédia que, a espaços, nos obriga a falar a sério. Em todo o caso, são 45 minutos de bom entretenimento que, apesar de não serem particularmente inovadores, reúnem excelentes ingredientes, nomeadamente intriga policial, mistério, magia e humor. Por um lado, Chris Fedak já sabe como se faz: criou e desenvolveu «Chuck» e produziu executivamente, no total, mais de 130 episódios para televisão. Por outro lado, grande parte do elenco quer mostrar-se, de uma vez por todas, a outro nível: Lenora Crichlow e Vinnie Jones estão longe de ser desconhecidos, mas há algum tempo que parecem condenados a séries curtas ou filmes de baixo alcance. Já Ilfenesh Hadera, a coprotagonista, quer provar que é mais do que uma das caras bonitas de «Baywatch: Marés Vivas» (2017), algo que não consegue no episódio piloto.

 

Espalhada e comentada pela Internet fora como a sucessora de «Castle», que chegou ao fim no canal ABC após oito temporadas, em 2016, «Deception» parece condenada a um chorrilho de críticas antes de lhe ser dada uma oportunidade real. Esta dissecação precoce torna-se ainda mais injusta se tivermos e conta que, à data da estreia de «Castle», em 2009, a série repetia a fórmula de apostas como «Núm3ros», «Psych» e «O Mentalista». Ou até «Chuck», lançada em 2007 por Chris Fedak e Josh Schwartz, e «Forever», de 2014, que Fedak produziu. Ter um civil, possivelmente com capacidades extraordinárias, a ajudar as autoridades – e com romance pelo meio – já deixou de ser ‘novidade’ há décadas. E isso não tem mal nenhum.

 

3.jpg

 

Nem todas as séries precisam de ter uma premissa arrasadora como «Westworld», «The Handmaid’s Tale» ou «Stranger Things». Algumas querem ser apenas entretenimento, e compete a cada espectador decidir se isso lhe interessa ou não. «Deception» estreia esta noite às 21h15.

 

 

Texto originalmente publicado na Metropolis.

 

 

 

15 de Março, 2018

The Resident: A História Épica de Um Herói Sem Graça

Sara

Não é carne, mas também não é peixe. Não é drama puro, mas a parte cómica deixa muito a desejar. Enquanto «The Resident» procura a sua identidade, fingindo que não quer ser «Anatomia de Grey» quando for grande, define com contornos firmes o herói, o anti-herói e o vilão. Não tarda, o hospital transforma-se em Gotham e o protagonista é, afinal, o Batman. Bem, quem não quer ser atendida naquele hospital sou eu!

 

1.jpg

 

O que seria de uma nova temporada de pilotos sem os incontáveis dramas médicos, mais preocupados em atrair o público de «Anatomia de Grey» do que em tentar coisas novas? "Se as pessoas já veem uma, pode ser que vejam duas". O público-alvo já está definido, com jeitinho ainda tem tempo na agenda, e não é preciso inventar muito. É certo que as pessoas se deixam enganar mais do que uma vez  – abraço para os meus amigos que não conseguem parar de ver «Anatomia de Grey»  –, mas, atendendo à quantidade de produtores que já tentaram repetir a receita de Shonda Rhimes, provavelmente as quotas já estão todas gastas.

 

«The Resident» não traz nada de novo – e as coisas começam mal logo no arranque. Basicamente como um primeiro encontro em que, passados cinco minutos, já percebemos que não vai dar em nada, mas ficamos até ao fim porque vamos ter de jantar de qualquer maneira, certo? Com uma banda sonora que pinta a série como um drama pop, imita-se uma operação e cria-se o principal conflito: Randolph Bell (Bruce Greenwood), o chefe de Cirurgia, é um clínico duvidoso e, ficamos a saber, o culpado de muitas mortes ocorridas ali. Só que, como claramente não quer ser uma série demasiado... séria, «The Resident» antecipa a catástrofe com alguma piada. Estão os envolvidos a discutir e eu ainda estou a pensar se os médicos pegam no telemóvel a meio das operações.

 

2.jpg

 

Devon Pravesh (Manish Dayal) é um médico idealista, recém-saído da Universidade de Harvard, que fica sobre a alçada do irreverente Conrad Hawkins (Matt Czuchry). Tudo aquilo que Devon estudou é desafiado pelo seu supervisor, cuja ousadia e audácia tem resultados e é defendida a pés juntos por Nic Nevin (Emily VanCamp). É triste ver uma atriz, que fez carreira com a protagonista fortíssima da série «Revenge», ser agora reduzida a interesse romântico  – primeiro nos filmes da Marvel e do Capitão América, e depois no seu regresso ao pequeno ecrã, em «The Resident». Mas a inércia das personagens femininas da série é um problema abrangente, o que é ainda mais preocupante se tivermos em conta que há duas mulheres no trio de criadores.

 

Embora tenha boa nota na diversidade – algo evidentemente procurado pelos produtores da série com Devon e a Dra. Okafor (Shaunette Renée Wilson) –, o mesmo não acontece em termos de personagens femininas fortes, que são constantemente remetidas para segundo plano, a fim de fortalecerem a ação das personagens masculinas. core da narrativa é a luta entre Conrad e Bell, que consiste sobretudo na incapacidade de culpabilizar o chefe clínico e de aceitar os métodos arriscados de Conrad. O resto, com mais ou menos atenção, são reduzidos a figurantes do drama principal.

 

 

 

14 de Março, 2018

1986: Como Era Portugal Antes de Eu Nascer

Sara

Nasci quase seis anos depois de janeiro de 1986, pelo que as referências às históricas Eleições Presidenciais entre Mário Soares e Freitas do Amaral ecoavam na minha memória apenas como os resquícios de uma qualquer página de um livro de História. Até agora. Nuno Markl estreia-se na criação de séries e, a seis mãos com Ana Markl e Filipe Homem Fonseca, desafia-nos a viajar até ao passado. Às terças-feiras na RTP1.

 

0.jpg

 

Trinta e dois anos separam o arranque da série «1986», que estreou ontem, 13, na RTP1, da altura a que esta nos remete. Nas terceiras Presidenciais após o 25 de Abril, Freitas do Amaral, do CDS, levou a melhor sobre a concorrência na primeira volta, mas não conseguiu margem suficiente e ficou agendado um segundo confronto – desta feita apenas com Mário Soares, do PS, pela frente. No meio disto tudo, ouve-se "Soares é Fixe" e os apoiantes do Partido Comunista unem esforços, contrariados, para garantir a vitória do PS. Mais vale o "Bochechas" que um "Facho", defende o pai de Tiago (Miguel Moura e Silva), Eduardo (Adriano Carvalho).

 

Vinte dias separam a primeira e a segunda volta das Presidenciais, que estabelecem a temporalidade onde encaixam as aventuras de Tiago, um 'puto' corajoso mas tradicionalmente desajeitado, e dos seus amigos, Sérgio (Miguel Partidário) e Patrícia (Eva Fisahn). Com a política renhida nos bastidores, a história dos Markl e de Filipe Homem Fonseca Homem da Fonseca traz à ribalta a eterna inadaptação dos geek, as exigências escolares e familiares da adolescência e o amor. Se este drama é comum e testemunhado pelos liceus de norte a sul do país, e atravessa gerações, o que aqui assegura a diferença é a atenção ao detalhe e o regresso de marcas caraterísticas do final da década de 80, do cinema ao vestuário, passando pelo Cola Cao.

 

2.jpg

 

Marta (Laura Dutra) capta a atenção de Tiago, que logo se confessa apaixonado às pessoas mais próximas. Nos tempos de liceu, tudo é imediato e bem mais fácil, não fosse o twist do final do episódio piloto, "Tarzan Boy", que deixa antever grandes complicações para o casal... Por culpa das Presidenciais, lá está. Como é que algo em pano de fundo é capaz de determinar os destinos de quem ainda nem sequer tem idade para votar? Quem precisa de obstáculos épicos quando há política, futebol e temos um crítico de cinema e comunista como pai, certo? Ou quando os gostos musicais não coincidem e os rapazes lá fazem de tudo para agradar às conquistas, até arranjar um disco dos Supertramp quando se é fã de heavy metal.

 

Um mega de memória RAM ou um videoclube com centenas de cassetes eram algo espectacular em 1986, mas provocam agora umas valentes gargalhadas. Tudo à boleia da criatividade de Nuno Markl, que já há muito tempo tem vindo a conquistar o público português com as suas histórias. Não há nenhum homem a morder o cão, pelo menos para já, mas há a naturalidade encantadora da década de 80, com miúdos que nasceram no tempo da ditadura e, felizmente, só conheceram a liberdade. Podem ser tudo, mas serão capazes de aproveitar essa (ainda tenra) novidade?

 

3.jpg

 

Não me lembro de outra série portuguesa que tenha sido recebida com o mesmo hype de «1986». Desde que a RTP divulgou a sua (merecida) aposta nas produções nacionais, que a série criada por Nuno Markl deu que falar – e, ao mínimo esquecimento, ele fazia questão de nos lembrar nas Manhãs da Rádio Comercial. Se o '13', dia da estreia', é realmente número de azar, Nuno Markl fez questão de o fintar com um elenco de luxo – e não, não falo apenas da miscelânea bem conseguida de atores jovens e experientes que anima o pequeno ecrã. Na banda sonora, «1986» conta com o talento de João Só, Rita Redshoes, Ana Bacalhau, Miguel Araújo, Lena D'Água, David Fonseca e Samuel Úria, entre outros. [De fazer inveja a qualquer série da HBO!]

 

Acabei o primeiro episódio e tive vontade de ligar a um adolescente daquela altura, atualmente a aproximar-se dos 50 – como é o caso de Nuno Markl, aliás, que parece ter encontrado aqui uma qualquer aventura semi-autobiográfica – para saber se aquilo era mesmo assim. Ou se, pelo contrário, passaram ao lado daquela euforia. Como a minha família é de uma tímida cidade do interior, acredito que a segunda hipótese seja a mais provável. Mas, enquanto não confirmo, vamos acreditar que o meu primo também fingiu gostar de Supertramp para conquistar a mulher. Dava uma história gira.

 

 

 

11 de Março, 2018

Agenda/Março: Estreias na Televisão em Portugal

Sara

Estreia do mês: O Mecanismo

Regresso mais esperado: Jessica Jones

Figura do mês: Bill Hader - Barry

 

21 Thunder | Netflix, 1 de março

 

Ocupados | RTP2, 1 de março

 

B: The Beginning | Netflix, 2 de março

 

Bad Guys: Vile City | Netflix, 8 de março

 

Jessica Jones - Temporada 2 | Netflix, 8 de março

 

A.I.C.O. Incarnation | Netflix, 9 de março

 

Collateral | Netflix, 9 de março

 

Perfeito! | Netflix, 9 de março

 

Love - Temporada 3 (última) | Netflix, 9 de março

 

1986 | RTP1, 13 de março

 

Filhos das Baleias | Netflix, 13 de março

 

Tabula Rasa | Netflix, 15 de março

 

Edha | Netflix, 16 de março

 

No Meu Bairro | Netflix, 16 de março

 

Wild Wild Country | Netflix, 16 de março

 

Death in Paradise | FOX Crime, 19 de março

 

Deception | TVSéries, 19 de março

 

Ash vs. Evil Dead - Temporada 3 | AMC, 22 de março

 

Alexa & Katie | Netflix, 23 de março

 

Requiem | Netflix, 23 de março

 

Santa Clarita Diet - Temporada 2 | Netflix, 23 de março

 

O Mecanismo | Netflix, 23 de março

 

Barry | TVSéries, 25 de março

 

American Housewife | FOX Comedy, 26 de março

 

Silicon Valley - Temporada 5 | TVSéries, 26 de março

 

Instinct | TVSéries, 27 de março 

 

The Blacklist: Redemption | AXN, 27 de março

 

Station 19 (spin-off de Anatomia de Grey) | FOX Life, 29 de março

 

Reboot: The Guardian Code | Netflix, 30 de março

 

Sobrenatural - Temporada 13 | AXN Black, 30 de março

 

Uma Série de Desgraças - Temporada 2 | Netflix, 30 de março

 

Pág. 1/2