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Androids & Demogorgons

TV KILLED THE CINEMA STAR

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TV KILLED THE CINEMA STAR

23 de Dezembro, 2017

9. Melhor Elenco: The Handmaid's Tale

Sara

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Muito se poderia dizer sobre «The Handmaid's Tale», que chegou a Portugal pela mão do N Play com dois episódios semanais. Coroada com o Emmy de Melhor Série Dramática, e com Melhor Atriz e Melhor Atriz Secundária, a série tem vindo a conquistar a audiência e a crítica. A sua história feroz, imaginada pela autora Margaret Atwood nos anos 80, é um doloroso murro no estômago de uma sociedade cada vez mais dependente da tecnologia e tendencialmente acrítica (ou fechada sobre si). Apesar de se tratar de ficção, mantém alguns elementos próximos o suficiente com a realidade para nos deixar constantemente alerta, tendo, por outro lado, um elenco muito forte que valoriza ainda mais o argumento e a realização.

 

Mas nem só de Elisabeth Moss, que se destaca na liderança da narrativa, vive esta história. Yvonne Strahovski e Joseph Fiennes servem de dois tipos de antagonistas, apesar de integrarem o mesmo casal, enquanto Ann Dowd, que foi premiada com o Emmy, corporiza o papel das mulheres que têm poder. Ou que vivem na ilusão de o ter. Embora se trate de uma guerra política e religiosa, o conflito ganha força pela ação das diferentes personagens, que aplicam cegamente o poder estabelecido, ou o desafiam e pagam o preço elevado dessa ousadia. Sem dúvida uma série a não perder!

 

Mais sobre a série aqui e aqui.

 

 

22 de Dezembro, 2017

10. Melhor Criador: Michael Schur

Sara

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Multifacetado, Michael Schur tem-se destacado como criador de séries de comédia. Depois da inusitada «Parks and Recreation», idealizou «Brooklyn Nine-Nine» e mais recentemente «The Good Place», tendo pautado a sua carreira por apostas arriscadas e piadas menos diretas do que o habitual. Contrariando todas as probabilidades, a verdade é que tem sido bem-sucedido embora, teimosamente, a crítica continue a ignorá-lo no papel de criador. O twist da primeira temporada de «The Good Place» é do melhor que se viu nos últimos anos e, desafiando ideias preconcebidas, Michael Schur consegue falar do que lhe apetece - mesmo que sejam temas supostamente chatos como ética ou filosofia.

 

Como produtor, Michael tem ainda participado em séries de sucesso como «Saturday Night Live», «O Escritório» ou «Master of None», tornando-o uma das pessoas mais proeminentes na arte de fazer rir. A sua escrita estranha-se e depois entranha-se, ainda que não se possa esquecer a relevância de atores como Amy Poehler, Andy Samberg, Kristen Bell e Ted Danson na concretização das suas palavras. A interpretação, muitas vezes subtil, ilude-nos pela sua simplicidade, pelo que nos arriscamos a não ver os pormenores que se passeiam à superfície. Até já saiu da sua zona de conforto com a assinatura de um episódio de «Black Mirror», "Nosedive". Mal podemos esperar pelas ideias que ele tem guardado debaixo da manga!

 

 

 

21 de Dezembro, 2017

11. Melhor Série Nacional: País Irmão

Sara

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Como é possível, numa era da informação hipertecnológica, falar-se da atualidade de uma série sobre desinformação? A ficção brinca com as artimanhas do quotidiano para, numa sucessão de golpes de bastidores, desmistificar a ilusão de que tudo se sabe. Apenas contactamos com a superficie das coisas. E isto deixa-nos completamente desarmados na história magicada por Tiago R. Santos, Hugo Gonçalves e João Tordo, numa combinação que parece ter sido escrita nas estrelas. Portugal já foi conotado de 'país das novelas e do futebol', assim como o País Irmão Brasil, pelo que os criadores resumem-se a explorar, de forma brilhante, a realidade (e os seus perigos) tal como a conhecemos. Tantas vezes nos queixamos do fraco apoio à Cultura que é, no mínimo, irónico que ela seja a protagonista improvável de uma história sobre escândalos políticos. Destaque inevitável para Margarida Marinho, no papel de Ministra da Cultura, que desde o primeiro momento pega na trama pela raiz e a passeia à nossa frente, fortalecendo o centro da narrativa - que é enriquecido pelas 'novelas' paralelas.

 

É uma série portuguesa, mas podia não ser. Esta frase, que serve de elogio à qualidade de argumento, elenco e realização, responsabilidade de Sérgio Graciano, é um sinal claro de que foi dado um passo em frente na defesa da produção nacional. Vale a pena apostar na 'louça' da casa e correr riscos, até porque, como testemunhamos pela amálgama de séries com apenas uma temporada que passam no nosso país até ao inevitável cancelamento, investir nas produções internacionais não é sinal de qualidade. Ainda assim, este esforço não pode ser imputado exclusivamente à RTP, enquanto canal do Estado, mas também aos restantes canais. Embora as novelas portuguesas tenham qualidade, como o comprova os prémios já recebidos, é preciso produzir outro tipo de conteúdos, como é o caso das séries. Já relativamente aos reality shows, atenção redobrada ao futebol, distrações mediáticas e outros dramas sociais, o melhor mesmo é ir ver «País Irmão».

 

Review aqui.

Assistir aqui.

 

 

20 de Dezembro, 2017

Knightfall - Templários: E Não Viveram Felizes Para Sempre

Sara

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Embora a nova aposta do TVSéries assente na ficção, já que traz alguns acontecimentos e personagens sem bases firmes na história, a verdade é que se trata de um instrumento fundamental para tornar a narrativa mais verosímil. Os Templários, há séculos apoiados no mito, eram pessoas reais como as outras, com problemas e emoções semelhantes, mas aos quais era feita uma exigência diferente. É desta necessidade do argumento que surgem Landry (Tom Cullen) e outros rostos: eles representam mais do que uma pessoa, representam a inevitabilidade de que os Templários eram humanos. E tudo o que isso acarreta.

 

Já sabemos o final desta história: os Templários foram dissolvidos e, quando foram recuperados no século XIX, já não eram guerreiros mas sim diplomatas. Esta história não vai ter um final feliz. A ação arranca em Acra em 1291, o início do fim para os cavaleiros dos Templários, que surgem 15 anos mais tarde em Paris. Outrora incumbida da missão de garantir passagem segura aos peregrinos para a Terra Santa, com votos de pobreza e castidade, há muito que a Ordem era conhecida por ter dinheiro – e a parte da castidade também é falsa, pelo menos parcialmente, como descobrimos mais tarde.

 

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O mito desmonta-se em planos rápidos e extasiantes, que assentam sobretudo na ação e na fluidez dos acontecimentos. As batalhas normalmente seguem Landry, a personagem em que assenta o cerne do conflito, e a partir da qual temos acesso aos acontecimentos preservados pela história. Deste modo, a série afasta-se da construção meramente histórica e assume os seus desvios criativos, usando-os não como artifício, mas antes para fortalecer os factos que se quer contar. A primeira temporada vai recair sobretudo na busca pelo mítico Santo Grall, ainda que esta descoberta não se resuma apenas ao objecto religioso...

 

 

Texto originalmente publicado na Metropolis.

 

 

20 de Dezembro, 2017

12. Ator Revelação: Iain Armitage, Young Sheldon (e Big Little Lies)

Sara

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Muito aconteceu fora do palco do popular musical Hamilton, idealizado pelo espetacular Lin-Manuel Miranda, nomeadamente a nível de novas interpretações das músicas ouvidas no espetáculo. Iain Armitage, apesar de ter sido um dos participantes mais novos, abraçou provavelmente o desafio mais difícil: recriar uma das cabinet battles entre Alexander Hamilton e Thomas Jefferson... interpretando os dois papéis! O vídeo, ainda que curto, é um sinal claro da sua versatilidade e potencial, atendendo ao cuidado interpretativo que o pequeno ator já demonstra. Dúvidas houvesse, estas desfizeram-se com estrondo na televisão: primeiro com um papel turbulento em «Big Little Lies» e depois na prequela da infância de Sheldon Cooper, de «A Teoria do Big Bang».

 

Como já se tinha evidenciado em «Big Little Lies», a sua escolha para protagonizar «Young Sheldon» não foi recebida com desconfiança pelos fãs, mas antes com expetativa. Iain abraça o desafio com maturidade e tem em atenção o trabalho desenvolvido por Jim Parsons na série original, seja ao nível da forma de andar ou do discurso. Sendo que tem apenas 9 anos, será curioso testemunhar o seu futuro no pequeno e grande ecrã, tendo em conta que já revela tantas capacidades apesar da tenra idade.

19 de Dezembro, 2017

13. Melhor Regresso: Ewan McGregor, Fargo

Sara

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Longe vai o tempo em que Ewan McGregor era apenas um jovem escocês em busca do sonho prometido. Depois do sucesso de «Trainspotting» (1996), cuja sequela chegou aos cinemas este ano, o ator viu a sua carreira evoluir graças a filmes como «Moulin Rouge!» (2001) e o «Grande Peixe» (2003) e tornou-se uma estrela mundial com a interpretação de Obi-Wan Kenobi na segunda trilogia de Star Wars. Nunca tinha tido, até «Fargo», uma participação numa série acima dos seis episódios; e, entre um episódio de «Serviço de Urgência» em 97 e «Doll & Em», onde teve um arco de dois episódios em 2015, que o ator não somou qualquer crédito em televisão. Regressou em 2017, pela mão de Noah Hawley, e os seriólicos agradeceram.

 

Em dose dupla, Ewan McGregor teve um dos desafios mais difíceis já apresentados por «Fargo» - interpretar gémeos -, e respondeu com firmeza e determinação. Com uma história mais próxima (temporalmente) do que as anteriores, a série inspirada pelo filme dos irmãos Cohen voltou a inovar e a surpreender. O argumento aparentemente simples é um efeito 'enganador' que nos distrai da espetacularidade visual que habita o universo de «Fargo» e que, por diversas vezes, esconde as respostas. Muito requisitado por Hollywood e não só, resta saber se há margem (e calendário) para Ewan assumir um lugar de maior destaque no pequeno ecrã. A sua representação em camadas, apostada sobretudo na humanização dos personagens que interpreta, o que os torna mais reais para nós, não tem grandes efeitos e truques emotivos, mas também por isso é tão especial. Conquista na sua simplicidade cuidada.

 

Review aqui.

 

 

18 de Dezembro, 2017

Aluga-se Blog #9 - Dark, Por Filipa

Sara

Sou a Filipa, super feliz por ter encontrado um espaço para alugar. Os arrendamentos estão pela hora da morte. Tenho Netflix Premium. Não dou a password. Façam o favor de entrar.

 

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Vamos deixar já assente que isto não é Stranger Things à alemã. Crianças desaparecem numa pequena cidade, existem adolescentes, flashbacks para os anos 80 e toda a cultura dessa década, temos uma central nuclear muito suspeita na área e elementos do sobrenatural. Mas não é Stranger Things! Twin Peaks no máximo, se tivermos em consideração a fotografia, cenário e cadência da série. No fim, tentar encontrar um paralelo é insultuoso para uma série que triunfa por mérito próprio embora "there’s nothing new under the sun". Lost, Cold Case, The X Files, podemos evocar todas as séries e mais algumas.

 

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Temos de ter algo em mente durante toda a temporada: os alemães, a herança cultural cinematográfica alemã, consegue tornar tudo mais sombrio, pesado e sério. Não há personagens com que nos identifiquemos ou sintamos alguma empatia. Não existe um pequeno brilho de esperança de episódio para episódio. Para isso, contribui em muito o elenco seleccionado. As crianças, os adolescentes, com todas as rotinas e preocupações próprias da idade, não são poupados a sentimentos de frustração, desespero, medo, desencanto. Ao contrário de? Stranger Things, adivinharam. Os adultos partilham todas as características de outros adultos em outras séries policias, de terror ou suspense. Só que a língua alemã confere uma nota diferente, os semblantes são sempre mais profundos. O casting foi perfeito.

 

O gore presente é mínimo. A tensão baseia-se nos silêncios, nas esperas, no ruído branco de fundo (Hannibal, que saudades), no que não vemos. Há uma ou outra imagem mais sangrenta. Relembro que as crianças não são poupadas em nada aqui. Estão expostas a morte e violência.

 

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Em resumo: temos crianças misteriosamente desaparecidas numa pequena cidade alemã que gira em torno de uma central nuclear onde ninguém entra. Assassinatos com intervalos de 33 anos: um padrão. Vítimas com os tímpanos rebentados e olhos calcinados. Famílias inteiras ligadas entre si - aqui, sugiro que prestem muita atenção ou tomem nota dos últimos nomes dos personagens. Se forem fluentes em alemão, muito bem. Se não forem, escolham legendas em português e não inglês. Ou vão parecer um monte de velhinhas no cabeleireiro: "Aquela não é filha da do polícia?", "Não que essa morreu. Esta é tia do sobrinho do filho do dono da central nuclear!". Não importa o quão bem falam e percebem inglês, o vosso cérebro irá sempre pregar-vos partidas ao usar três línguas.

 

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[atenção: spoilers do final da primeira temporada de Dark]

 

Dark retira a nossa cabeça dos Estados Unidos e do Reino Unido como comandantes supremos do monopólio das série. Não é para qualquer pessoa. Se alguém se sente aborrecido com séries mais calmas, com crescendo mais ritmado, irá desistir logo no início. Se insistir, a surpresa é boa. Chegados ao último episódio, valeu a pena perder tantas horas? Sim. Não temos respostas a metade das perguntas que fizemos durante toda a temporada. Será que se viajar para o passado afecto o futuro? Se fizer algo no futuro, interfiro com o passado? Qual delas é a filha do polícia? Onde está o puto? Quem comeu as minhas Oreo? O final deixa em aberto imenso espaço para uma nova temporada. Afinal, "A questão não é onde mas quando".

 

 

 

 

18 de Dezembro, 2017

14. Melhor Contratação: Anton Lesser, The Crown

Sara

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Numa temporada, e numa série, pautada por uma clara preocupação qualitativa com o elenco, Anton Lesser foi um dos que mais brilhou. Desde a estreia de «The Crown», que lançou recentemente a segunda temporada completa na Netflix, que a série tem sido elogiada pelo seu casting. De John Lithgow como Chruchill à própria Rainha Isabel II interpretada por Claire Foy, «The Crown» tem conseguido apostas bem-sucedidas no quadro da história que queria pintar, pelo que os elogios do público e da crítica foram inevitáveis. Já na segunda temporada, onde até estava confirmada a participação de Michael C. Hall, foram atores menos emblemáticos a brilhar. É aí que entra Anton Lesser, que tem participado nas últimas temporadas de «A Guerra dos Tronos».

 

O ator dá vida ao antigo primeiro-ministro britânico Harold Macmillan, que teve alguns desentendimentos com a Rainha numa altura conturbada da história do Reino Unido, nomeadamente tendo em conta a tensão em torno do Canal de Suez. A profundidade e rigor com que Lesser recria o político é subtil mas, também por isso, evidencia-se nos pequenos detalhes, seja na sua interação com outras personagens, seja nos pequenos silêncios que surgem a espaços. Há, em cada momento, um cuidado claro com a forma como Macmillan chega ao espectador e, sobretudo, com a exigência que isso acarreta. Menos carismático do que John Lithgow, desde logo porque interpreta uma figura histórica bem menos consensual, resta saber se Lesser vai ver o seu papel ser premiado em 2018.

 

Review disponível aqui.

 

 

 

17 de Dezembro, 2017

15. Melhor Estreia: The Good Doctor

Sara

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Freddie Highmore é um miúdo inconvencional e carregado de talento. Desde a estreia no cinema com apenas 9 anos, em «Conversas de Mulheres» (1999), que o ator tem subido os degraus da sua carreira a um ritmo exacerbante - «À Procura da Terra do Nunca» (2004) e «Charlie e a Fábrica de Chocolate» (2005). Depois de ter convencido na prequela de «Psico» (1960), «Bates Motel», precocentemente condenada ao fracasso, o ator volta a contrariar as expetativas em «The Good Doctor». A série marca ainda o regresso aos dramas médicos de David Shore, o criador de «Dr. House», que somou oito temporadas antes de terminar, em 2012.

 

Nos Estados Unidos, «The Good Doctor» conseguiu um feito absolutamente histórico: superou a audiência de «A Teoria do Big Bang», normalmente totalista nestas andanças. A série, que em Portugal é exibida pelo AXN, retrata o quotidiano de um cirurgião autista e extremamente inteligente, que dá os primeiros passos na profissão e é encarado com desconfiança devido à sua condição. Mais do que um combate aos estereótipos e ao preconceito, «The Good Doctor» dá um sinal positivo no que diz respeito a apostas relacionadas com Medicina. É que apesar do elevado número de apostas, estas nem sempre têm sucesso... ou qualidade.

 

Review disponível aqui.

 

 

 

16 de Dezembro, 2017

10 Séries Para Maratonar no N Play (grátis até 3 de janeiro)

Sara

O Natal chegou mais cedo para os seriólicos. Desde ontem, 15, até dia 3 de janeiro, os clientes NOS têm acesso livre ao N Play, que normalmente depende do pagamento de uma assinatura mensal. O tempo é escasso, mas a oportunidade não pode ser desperdiçada. Para dar uma ajuda, fiquem com 10 séries do serviço que merecem ser 'maratonadas'.

 

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The Handmaid's Tale

 

 

Mais sobre a série aqui e aqui.

 

Black-ish

 

 

Room 104

 

 

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The Wrong Mans

 

 

Big Little Lies

 

 

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Wayward Pines

 

 

Fargo

 

 

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The Leftovers

 

 

Ficheiros Secretos

 

 

Westworld

 

 

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